Monday, October 30, 2006

 

Os media tradicionais e o jornalismo participativo






[1]«Nos últimos cento e cinquenta anos dispusemos essencialmente de dois meios de comunicação: de um para muitos (livros, jornais, rádio, televisão – os media convencionais) e de um para um (cartas, telégrafo e telefone).»
A Internet quando surgiu revolucionou os media tradicionais, «neste momento as comunicações podem ser de muitos para muitos e de alguns para alguns, o que tem vastas implicações para os antigos receptores e para os produtores de notícias, na medida em que a diferença entre as duas categorias começa a tornar-se difícil de estabelecer.»



Para conhecer o jornalismo de hoje Furio Colombo acredita que é necessário explorar as várias faces do Jornalismo contemporâneo:[2]«Por um lado temos os instrumentos e as tecnologias da informação que multiplicam-se com uma rapidez impressionante, por outro, as notícias tornam-se inseguras, quem pode passa por cima dos intermediários e vai falar directamente com as pessoas. Divulga-se a informação apesar de o grande jornalismo escrito e televisivo parecer encaminhar-se para uma crise de deterioração, uma falta de respeitabilidade e de confiança do público.»

Dan Guillmor, em “Nós os Media” avança com uma explicação plausível para a falta de credibilidade nos mass media:[3] «Estou absolutamente convicto de que a moderna estrutura sobre a qual assenta o negócio jornalístico alimentou um conservadorismo que ameaça no nosso futuro. O jornalismo empresarial, que hoje é dominante, está a provocar a diminuição da qualidade para fazer subir os lucros a curto prazo. O que tem o seu lado perverso: tais tácticas poderão acabar por nos destruir. A credibilidade é importante. O público precisa de fontes credíveis, exige-as. - e tais fontes têm sido, na maioria dos casos, os jornalistas sérios.” O conceituado jornalista acrescenta ainda que” As fusões tornam a situação mais ameaçadora. Os grupos de informação estão a fundir-se para formarem grupos cada vez maiores. Em muitos os casos o jornalismo sério – e o serviço público – continua a ser a vítima.»




Os monopólios de informação estão à vista desarmada de todos os cidadãos. Esta não é só uma realidade americana, em Portugal o que dizer dos grandes grupos que englobam em simultâneo revistas, jornais, rádios e canais televisivos? A noção que os media são o 4º poder é bem visível. É inquestionável o poder que os mass media exercem sobre o público, mas com a crescente dinamização da Internet tudo começa a mudar.

Os americanos já há muito questionam a credibilidade das informações transmitidas pelos mass media, mas os portugueses também começam a despertar para esta realidade. O público de hoje está cada vez mais activo na procura de informações. [4]«Ao contrário do que tendencialmente acontece nos ambientes mediáticos tradicionais, o fluxo de informação da Internet não se baseia num modelo de transferência unidireccional.» O que de facto acontecia com os media tradicionais como refere Dan Guillmor: «Os grandes meios de comunicação encaravam a notícia como uma palestra. Nós é que dizíamos como as coisas se tinham passado. O cidadão comprava, ou não comprava.»

Hoje em dia constata-se a participação activa do cidadão no jornalismo, designado jornalismo participativo. O futuro das notícias passa pelas mãos do cidadão, como diz Dan Guillmor: «A produção de notícias e a reportagem do futuro serão mais parecidas com uma troca de ideias ou com um seminário. A linha provisória entre produtores e consumidores vai esbater-se, provocando alterações, que só agora começamos a antever, nos papéis de cada um dos grupos. A própria rede de comunicações será um meio para dar voz a qualquer pessoa, não só àqueles que podem investir milhões de dólares em máquinas impressoras, lançar satélites, ou obter permissão dos governos para utilizarem o espectro visual que é o público.» Em suma: as informações deixaram de ser um mero artigo comercial controlado pelos meios de comunicação social, agora os leitores, os ouvintes e os telespectadores participam activamente na elaboração das notícias.


Como funciona este mundo do jornalismo participativo?


Em Outubro de 2003, Ignacio Ramonet, o Director do Le Monde Diplomatique, desafiou os mass media com a necessidade de criar um quinto poder. Como forma de contrapor a crescente transformação dos meios de comunicação social, em instrumento de acção dos restantes poderes (principalmente do económico – os já mencionados grandes grupos económicos). Este quinto poder tinha como objectivo vigiar os media e preencher as lacunas existentes em termos de informação livre e do pluralismo de opinião. Inclusive Ignacio Ramonet já tinha em mente a criação de um observatório internacional dos media ( Global Media Watch) com o intuito de tornar a comunicação e a informação ao domínio dos cidadãos.

Vital Moreira[5], em 2005 num artigo, no Jornal Público fazia referência a este possível quinto poder designando-o de blogosfera: «Não falta quem já considere a blogosfera como um novo quinto poder, ao lado dos três poderes tradicionais do Estado (poder legislativo, poder executivo, poder judicial) e do quarto poder representado pelos media clássicos. A função dos blogues deveria ser não somente a de fiscalização do estado – função principal dos media numa sociedade aberta – mas também do poder dos media tradicionais, quer quanto à selectividade da sua agenda mediática, quer quanto ao seu tratamento. Daí a invocação que alguns fazem de uma função privilegiada dos blogues em termos de agenda – setting (suscitar temas ignorados pelo poder político e/ou pelos media tradicionais) e de watchdog (função de vigilância e de denuncia dos demais poderes)»



No século XX a notícia era um produto exclusivo dos jornalistas, mas no presente século já não é bem assim. [6]«A tecnologia dotou-nos de um conjunto de ferramentas de comunicação capaz de nos transformar a todos em jornalistas, com custos reduzidos, e em teoria, com acesso a um público global.»


A Internet sem duvida faz parte do dia-a-dia dos portugueses, principalmente dos mais jovens. O próprio Estado português já reconheceu a importância da Internet nas escolas e na sociedade nacional. Quem já não ouviu falar do famigerado “ choque tecnológico”?
Embora um pouco atrasados, como sempre, em relação à Europa estamos no caminho da tecnologia avançada, os blogues são disso exemplo.



No livro “ Online News” de Stuart Allan pode-se de forma simples compreender a importância dos blogues não só no panorama cibernético como na vida das pessoas. Joan Connel (produtor executivo da MSNBC.com) no mesmo livro refere que os blogues surgiram como um veículo de notícias. Qualquer pessoa que tenha algo a dizer e com acesso ao software indicado pode publicar eventos grandes ou pequenos. O blogue surgiu assim como um médium rico com a promessa de transformar o jornalismo até então existente. Os blogues mudaram as notícias na Internet.
[7]«Thanks to blogs, however, everything has changed. Anyone with something to say and acess to the right software can be a publisher, a pundit and a observer of events great and small…»

Os blogues permitem desta forma dar voz a quem não tem tido essa possibilidade. Dan Guillmor acredita que: «A emergência do cidadão-jornalista vai ajudar-nos a prestar-lhes atenção. A possibilidade de qualquer um produzir informação dará voz a pessoas que não a têm tido. E precisamos de ouvir o que elas têm a dizer-nos. Para já, estão a mostrar-nos a todos e cada um de nós – cidadão, jornalista, objecto de notícia – que existem novas formas de falar e de aprender». Este acreditado jornalista defende o equilíbrio entre o jornalismo participativo e o jornalismo convencional.«Procuro um equilíbrio que, simultaneamente, preserve o que o sistema actual tem de melhor e estimule o emergente jornalismo de publicação pessoal, o do futuro.»


Será que o jornalismo convencional aceita de bom grado o chamado jornalismo participativo feito por vulgares cidadãos que desconhecem as regras jornalísticas?


Os blogues podem vir a substituir o jornalismo tradicional?


José Luís Orihuela, professor na Universidade de Navarra e um dos mais reputados investigadores da blogosfera respondeu a estas questões.
[8] «O que está acontecer é uma transformação de meios, uma adaptação a novos tempos. Os meios têm constantemente de se reinventar ou correm o risco desaparecer. Depois da fase da ignorância, seguiu-se a fase do desprezo e desvalorização dos blogues em catástrofes como o Katrina ou o 11 de Setembro, os media tradicionais passaram a temê-los. Neste momento, assistimos à integração de blogues nos próprios órgãos de comunicação social. Neste momento já estamos na fase da canibalização».
De salientar a importância do jornalismo participativo na divulgação de informações destes dois terríveis acontecimentos, acrescentar ainda os atentados de Londres, em que os cidadãos jornalistas tiveram de novo lugar de destaque na divulgação dos acontecimentos através da escrita e das imagens.

O jornalismo tradicional perante este novo jornalismo pode ter duas posições: a da defesa – não reconhece que o jornalismo participativo seja considerado jornalismo, ou então, a da percepção da oportunidade – o acesso à informação com menos custos.
[9] «O jornalismo tem, perante este novo formato, uma de duas posturas: a defesa ou a percepção da oportunidade. A primeira, de pendor(…) corporativo, recolherá a preferência dos que criticam os chamados”jornalistas de pijama”, apontando-lhes a falta de um código de conduta claro, a inexistência de procedimentos de verificação de factos, e a ausência de declaração prévia de intenção. A base da fundamentação assenta na premissa de que qualquer mudança redundará numa maior fragilização do jornalismo e do exercício da actividade.

A segunda postura varia entre a percepção da oportunidade de acesso a mais informação com menos custos e a percepção da oportunidade para flexibilizar o jornalismo. Entre as duas posturas, ou antes delas estará uma outra – a do questionamento aberto dos efeitos, dos problemas e das vantagens resultantes da interacção do jornalismo com novos formatos.»

Pode-se depreender através desta citação que os weblogues podem ser considerados como, os reflexos críticos da actividade jornalística e potenciais fornecedores de informação adicional específica, do que concorrentes em pé de igualdade face aos media tradicionais.

Jay Rosen na reunião BloggerConII em (16.04.2004) não considera que os blogues sejam considerados uma forma de jornalismo mas afirma que: «Blogar não é jornalismo mas enquanto que o jornalismo está na web, o weblogue é profundamente da web, estando os blogueres muito à frente dos jornalistas na percepção das vantagens da web e da sua própria ecologia».




Em traços gerais, J.D.Lasica[10], uma pessoa indubitavelmente reconhecida nesta àrea,
Considera que o jornalismo participativo entra nas seguintes categorias:


1. Participação da audiência e as saídas das notícias populares.
Exemplos: Fóruns de discussão como o New York Times; os artigos escritos pelos leitores; os jornais online nos Estados Unidos e Europa, entre outros.

2. As notícias independentes e os sites de informação da web
Ejemplos: (Gawker, Benicia News, OpinionPleasanton), entre outros.


3. Sites participativos de notícias desenvolvidas
Exemplos: (OhmyNews; citizen-reported news), entre outros.

4. Sites dos media colaboradores e contributários
Exemplos: (Slashdot, Kuro5hin e Metafilter)


5. Outros tipos de thin media

Exemplos: listas de e-mail (Dave Farber?s Interesting-People, Firehair's) newsletters (ThirdAge?s Health Newsletter)


6. Sites de broadcasting pessoais
Exemplos: (Daytonabeach-live.com, KenRadio.com) entre outros.







Steve Outing[11] considera que o jornalismo do cidadão não é um conceito simples que pode ser aplicado universalmente por todas as organizações de notícias. È muito mais complexo, com muitas potenciais variações.


Este autor ensina de uma forma muito simples os onze passos do jornalismo participativo.

I. Abrir ao público comentários (oferece a oportunidade ao leitor de reagir, criticar, elogiar ou acrescentar ao que é publicado por jornalistas profissionais).
Exemplos: ZDNet.com; InsideVC.com




II. O cidadão como repórter (quando o cidadão tem algo a acrescentar à história basta clicar no link respectivo e fazê-lo).



III. Abrir fonte de informação (o termo é entendido geralmente para significar uma colaboração entre jornalista profissional e leitores)
Exemplo: The spokesman-review/APME leitor painel



IV. O bloghouse do cidadão (Hoje quase todos têm um blogue. È uma ferramenta poderosa e acessível e com um longo alcance, onde cada um conta as suas histórias, os seus pensamentos).

Exemplos: NJ.com Weblogs; O poste de Denver Bloghouse, entre outros.



V. Organização de blogues com notícias “transparentes” (é um blogue específico do cidadão que merece a sua própria categoria. È o convite dirigido ao leitor na melhoria contínua da organização das notícias. O leitor pode assim fazer reclamações públicas, críticas ou elogios ao trabalho realizado).
Exemplo: “News Is a Conversation



VI. The stand alone site do jornalismo participativo, versão editada (Um site da web produzido por uma comunidade mas orientado por um editor)
Exemplos: MyMissourian; iBrattleboro.com




VII. The stand alone site do jornalismo participativo, versão não editada (Este modelo é idêntico ao anterior, simplesmente não são editadas as submissões dos cidadãos).
Exemplos: (Backfence.com; GoSkokie)



VIII. Adicionar a edição de impressão
Exemplos: (MyTown; YourHub) entre outros.







IX. O híbrido: a favor do jornalismo do cidadão (Uma organização de notícias que combina o jornalismo do cidadão com o trabalho de profissionais).
Exemplos: (OhmyNews; Bluffton Today) entre outros.




X. Integrating citizen and pro journalism under one roof (um site de notícias da web que inclui relatórios de jornalistas profissionais ao lado de submissões de cidadãos comuns).
Exemplo: Um relatório de um correspondente de uma prefeitura que poderia vir acompanhado de opiniões de cidadãos que fazem um comentário sobre o resultado de um assunto decidido pela assembleia municipal.



XI. Jornalismo de wiki: onde os leitores são editores (o exemplo mais conhecido é o local do WikiNews, uma subsidiária da wikipédia. È um conceito experimental que opera na teoria de que o conhecimento e a inteligência do grupo podem produzir contas de notícias acreditáveis e sensatas.




A única forma de conhecer o jornalismo de amanhã é entender as tecnologias que neste momento estão a torná-lo possível. As ferramentas do jornalismo participativo do futuro estão a evoluir a uma grande velocidade. Desde a mais simples lista de e-mail, aos blogues, aos jornais escritos em ordem cronológica inversa, até aos instrumentos portáteis, como: os telemóveis, os computadores móveis de dimensões reduzidas (PDA), entre outros.

No presente sabemos que sites como:

Ohmynews (ciberjornal sul – coreano fundado em 2000, em que o seu fundador Oh Jeon Ho afirmava: “ Todo o cidadão é um repórter”. Este site neste momento tem 40 000 colaboradores, um número que mostra bem a importância do jornalismo participativo na actualidade).
E

Independent Media Center ou Indymedia (rede internacional de produtores de informação livre e independente. Produz jornais, áudio, e video- jornalismo).

Estão marcados pelo sucesso, resta agora saber qual o futuro do jornalismo tradicional!


Earl Wilkinson[12], director da INMA [International Newspaper Marketing Association], apresentou nove perspectivas do que serão os jornais num futuro próximo. Seis delas estão intimamente relacionadas com a Internet:

O jornalismo de investigação e mais rico vai mudar-se para a Internet;

A procura dos conteúdos será personalizada e interactiva;

As opções digitais vão multiplicar-se: o jornal disponível a qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer plataforma;

Os jornais permitirão a compra dos artigos em separado;

Os leitores assinarão versão multimédia e não versões impressas;

O jornalismo do cidadão será uma fonte de notícias como a Reuters ou a AP




Dicas:

Vídeo sobre o futuro do jornalismo. Para quem ainda não assistiu: está disponível no Google um vídeo em que Vint Cerf, Dan Guillmor, entre outros, debatem o futuro do jornalismo. O vídeo é de 27 de Julho de 2005.

Documentário do jornalismo de participação, o assunto está em debate na lista do Intermezzo.



O filme “Minority Report” dá muitas ideias: o jornal em papel electrónico por exemplo.






Notas de referência:

[1] Guillmor, Dan “ Nós os Media”, pág. 42

[2] Colombo, Furio :”Conhecer o Jornalismo Hoje” pág.9

[3] Guillmor, Dan em: “ Nós os Media”, págs.15,16, 17,18

4 http://www.cibersociedad.net/congres2004/grups/grup.php?idioma=es&id=19

[5] Jornal Público, terça-feira, 23 de Agosto de 2005

[6] Guillmor, Dan: “ Nós os Media”, pág. 14

[7] Stuart Allan, “Online News”, pág.121

[8] http://expresso.clix.pt/Actualidade/Interior.aspx?content_id=370751

[9] http://www.cibersociedad.net/congres2004/grups/grup.php?idioma=es&id=19


[10] http://www.ojr.org/ojr/workplace/1060217106.php

[11] http://www.poynter.org/content/content_view.asp?id=83126

[12] http://weblogger.wordpress.com/2006/10/02/os-jornais-de-amanha/



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Monday, October 02, 2006

 

TSF Online


A TSF na Internet


Longe vai o tempo em que Marconi e Reginald Fessenden deram sentido à Telegrafia sem fios (TSF). Hoje associa-se a palavra TSF só mesmo à estação radiofónica portuguesa.
A rádio TSF destacou-se no meio radiofónico português por ser uma rádio noticiosa, afinal " Tudo o que se passa, passa na TSF”. Este podia ser também o mote de destaque para o site na Internet, mas pelos vistos, não é bem assim.

O site da TSF (TSF Online) à primeira vista é muito acessível e de fácil navegabilidade.
A página principal da TSF Online está bem definida e facilmente conseguimos destacar os links de referência. Pode-se mesmo dizer que tem um design agradável.

Os conteúdos estão muito bem estruturados e com a ajuda do microfone da TSF, rapidamente, chegamos onde pretendemos.

O destaque na primeira página remete-nos para as últimas notícias, não só nacionais mas também internacionais. Só é de lamentar que as notícias não estão a ser constantemente actualizadas. Há sempre uma discrepância de tempo entre a notícia que é divulgada no meio radiofónico até ao momento em que ela está disponível na Internet.

Há sempre a hipótese de ouvir as emissões online, mas é claro, para isso é necessário fazer download de um software..o que por si só já desmotiva o utilizador da Internet. A TSF Online dispõe igualmente de podcasting, mas é claro, nem tudo são vantagens, o utilizador precisa de um programa para conseguir ouvir a emissão em directo..

De que adianta ao ouvinte poder ouvir a TSF no telemóvel, nos computadores se é necessário activar um serviço ou então a instalação de um programa para o efeito!
Mas não ficamos por aqui, se prestarmos uma atenção mais cuidada às notícias reparamos que a TSF Online dá muito relevo às notícias de política, e de desporto deixando para segundo plano as notícias das restantes áreas, sejam elas: educação, saúde, entre outras...

A TSF Online perde muito na multimediabilidade, só há destaque para a reportagem TSF e mesmo aí quando pretendemos visioná-la temos de esperar bastante tempo e depois vem a desilusão, não conseguimos aceder…já para não mencionar os slide shows…é que a TSF Online nem conhece isso tão pouco..

Quando se fala em interactividade na TSF Online só podemos dar o e-mail como referência, porque além disso, não há qualquer outro tipo de contacto directo entre o utilizador da Internet e este site. Palavras como fóruns ou chats não fazem parte da TSF
Online, o que é de lamentar! Só nos resta enviar um e-mail e esperar que não sejamos ignorados como o somos quando visitamos este site.


Muito ainda há a fazer no que toca a este e a outros sites para ficar em pé de igualdade com os Estados Unidos ou com a Inglaterra, mas estamos no bom caminho...o que é preciso é trabalhar e avançar para conseguir lá chegar.
http://www.tsf.pt/online/primeira/default.asp

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Monday, September 25, 2006

 

The Online Journalism Awards



E os vencedores são ...


The Online News Association and the Annenberg School for Communication at the University of Southern California são os responsáveis directos pela 8º competição anual The Online Journalism Awards ( OJAs). Um concurso onde apenas participam os melhores sites do mundo em inglês ao nível de jornalismo online.

Será entre os dias 7 e 8 de Outubro que um distinto júri irá nomear os vencedores para as nove diferentes categorias da edição da OJAs Online Journalism Awards 2006.

Mas até lá podemos espreitar os sites e tentar adivinhar quem são os vencedores.

Na categoria General Excelence in the Online Journalism ( large) são 5 os candidatos:

MSNB;

New Jork Times;
Star Tribune;

USA Today

Washington Post.



Apenas um destes candidatos vai levar o “Óscar”para casa…

A escolha não é fácil. Todos estes sites candidatos têm um design atractivo, de fácil navegação, todos eles têm vídeos e imagens ligadas às principais notícias. Em todos eles encontramos espaço destinado para os leitores: fóruns, blogs, entre outros. Mas…há diferenças entre eles…

O New York Times perde um pouco se calhar por ter um estilo muito próprio: muito texto, muitas notícias o que torna o site menos atractivo, apesar das notícias estarem bem segmentadas e estruturadas . O New York Times tem um grande arquivo de noticias relacionadas com os mais diversos assuntos.

O Star Tribune falha logo na abertura do site com publicidade. Além disso, quando pretendemos ver em detalhe as notícias aparece-nos mais fotografias do que a informação do que pretendemos obter.

O USA Today tem um design muito colorido, atractivo e destaca-se pela notícia principal que surge com grande ênfase, mas para aceder à notícia principal não é fácil…o tempo que se tem de estar à espera!! Já no Washington Post o que nos incomoda é o facto de ter que nos submeter ao registro para ler as notícias em destaque.

Por mim O Óscar vai para o MSNBC. Um site com linhas simples, muito funcional. Com links para as notícias de referência acompanhadas de imagens muito bem seleccionadas. As noticias muito bem sectorizadas. Os melhores vídeos da semana com Dara Brown. Cada vídeo vem acompanhado de legenda, grande multimediabilidade. Nada fica de fora deste site, até as gafes e os imprevistos dos directos da NBC News. Para os leitores: os blogs, e o convite directo para o envio de e-mails.
Sem sombra de dúvidas este é um site de referência não só pelo design, pelo fácil acesso na sua navegação, pela interactividade e também pela hipertextualidade.

http://msnbc.msn.com/





Na categoria Breaking News há 5 candidatos:

: “London Terrorist Bombings”, CNN

“NYC Transit Strike,” New York Times

“Hurricane Katrina,” NOLA.com

“Hurricane Wilma,” Sun Sentinel

“Hurricane Katrina," USA Today


Todos estes sites são de fácil acesso, com ligações directas ao desenvolvimento da notícia em destaque. Em qualquer um destes sites podemos saber a notícia nos mais imfímos detalhes em todas as perpectivas. Só o site da Sun Sentinel, com a notícia Hurricane Wilma é o menos atractivo, muito texto corrido e poucas imagens, mas mesmo aí há espaço para os leitores deixarem as suas opiniões.

Em todos estes sites constata-se que as reportagens são bem elaboradas, com ficheiros bem estruturados, com análises sobre as notícias e até mapas que nos conduzem pelos acontecimentos.

Relatos na primeira pessoa : As vítimas do Katrina;Wilma, e dos atentados de Londres.
Preferencialmente escolho o site da CNN com a notícia do “London Terrorist Bombings”, A notícia dos ataques terroristas em Londres com imagens chocantes não consegue deixar até os mais fortes indiferentes. Todos os detalhes deste acontecimento até ao minuto. À distância de um click na Internet temos à nossa disposição uma Galeria de fotos e respectivas legendas, vídeos e até o mapa onde estavam as bombas. O" London Terrorist Bombings”, é sem dúvida um site que merece uma visita de honra.

http://dropbox.turner.com/awards/



Na Categoria Outstanding Use of Multiple Media (Large) há 4 candidatos:

“London Attacks,” BBC News

“Hurricane Katrina,” MSNBC.com

"Going Down the Crooked Road,” Roanoke.com

“2006 Winter Olympics in Torino, Italy,” USA Today


Todos estes sites merecem uma visita. Em todos existe uma grande componente multimédia que nos impulsiona a intervir directamente nos sites. As imagens são o convite de entrada e depois é continuar a viagem. Em “London Attacks,” BBC News encontramos várias imagens com muitos links para noticias. Experiências dos sobreviventes e ainda temos a possibilidade de enviar e-mails a essas pessoas. Vídeos e áudios merecem destaque neste site.

"Going Down the Crooked Road,” Roanoke.com - aqui as imagens de Southest Virginia
cativam os visitantes. A vida, as histórias, as paisagens, as musicas, jukebox…um site diferente.

“2006 Winter Olympics in Torino, Italy,” USA Today Neste site as notícias de desporto tem aqui o seu destaque, com imagens legendadas o que torna o site muito atractivo.

Mas o óscar desta categoria vai para Hurricane Katrina,” MSNBC.com.

Até agora este foi o site mais dinâmico e interactivo que vi. Este sem duvidas é um site que faz história. O diário do Katrina. A viagem turística a 360 graus. Relatos das vitimas do Katrina. A reconstrução das casas. Um site simples, funcional, atractivo pelo design. Muito interactivo. Aqui podemos deixar as nossas ideias, até porque somos convidados a fazê-lo.

Neste site até parece que conhecemos os locais pessoalmente por onde passamos. E para constatar isso mesmo só através de uma visita.
http://risingfromruin.msnbc.com/stories.html


Na categoria Student Journalist há 5 candidatos :
Chasing Crusoe,” University of North Carolina at Chapel Hill School of Journalism and Mass Communication and the Universidad de Los Andes, Facultad de Comunicación

My Blue Eyed Girl,” Heather Gehlert, School of Journalism, University of Berkeley

Peavine Explorations,” Reynolds School of Journalism

Rezoned,” Jeff DelViscio and Khody Akhavi, Columbia School of Journalism

The Ancient Way,” School of Journalism and Mass Communication at the University of North Carolina, the Department of Journalism at the University of Santiago de Compostela (Spain) and the Faculty of Communication at the Universidad de los Andes (Chile)

Todos estes sites têm algo em comum. Todos foram feitos por estudantes de jornalismo. Em todos destaca-se a componente multimédia, embora uns mais do que em outros.

O “Chasing Crusoe,” University of North Carolina at Chapel Hill School of Journalism and Mass Communication and the Universidad de Los Andes, Facultad de Comunicación é um site onde predomina o documento em multimédia que mistura a fantasia com a autenticidade do mítico Robinson Crusoe. Um site muito singular onde se destaca a imagem de uma ilha num fundo preto e a tipografia foi muito bem escolhida. Este é um site bem conseguido que merece uma visita. Já os sites “My Blue Eyed Girl,” Heather Gehlert, School of Journalism, University of Berkeley e “Peavine Explorations,” Reynolds School of Journalism perdem um pouco da sua atenção porque exigem que o visitante faça um download do Flash. E o tempo de espera será que justifica? É uma questão de espreitar para ver... O site “The Ancient Way,” School of Journalism and Mass Communication at the University of North Carolina, the Department of Journalism at the University of Santiago de Compostela (Spain) and the Faculty of Communication at the Universidad de los Andes (Chile) à primeira vista é um site muito interessante, com a vantagem de ser acessível em três diferentes linguas: inglês, espanhol e em galego. Mas o mais difícil é conseguir entrar.

O meu site preferido é mesmo o Rezoned,Jeff DelViscio and Khody Akhavi, Columbia School of Journalism não só a nível de design mas também pelo conteúdo que apresenta. O desenvolvimento da indústria, as consequências e os descontentamentos no Norte de Brooklyn. Todas os aspectos estão aqui referidos: económicos, sociais e humanos. Há ainda a possibilidade de visionar slideshows e há ainda uma mapa interactivo. O próprio site contém links externos, como por exemplo: NYC Real Estate Media. Este é sem dúvida um site que merece uma visita pormenorizada.

http://rezoned2006.com/index.html
Estes são apenas alguns dos sites que estão em concurso no The Online Journalism Awards 2006. Nestas quatro categorias são estes os sites candidatos. Aqui fiz apenas uma leve abordagem por todos eles...limitei-me apenas a levantar o véu...e a dar minha singela opinião como visitante destes mesmos sites...agora é esperar e ver se o juri tem a mesma opinião...

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Friday, May 05, 2006

 

Joaquim de Almeida

Lutou muito na vida para chegar aonde está neste momento. Joaquim de Almeida é um dos actores mais conhecidos no panorama cinematográfico e televisivo da actualidade.

A humildade, simplicidade e a determinação são marcas indeléveis no carácter deste homem , que aos 16 anos deixa Portugal em busca de algo que o que realizasse.

Em Paris ficou fascinado com o mundo mágico do teatro. Este foi o seu ponto de partida para uma carreira que dava agora os primeiros passos.

Joaquim de Almeida resolve sair de Paris rumo à terra mágica dos sonhos – Estados Unidos da América. Um Homem como tantos outros em busca do ideal americano mas com face portuguesa.

Mas como ser actor não está ao alcance de um passe de mágica, Joaquim de Almeida para conseguir sobreviver e pagar os estudos no Studio Actor`s teve de exercer as mais diversas profissões. Quem diria que já foi jardineiro na Embaixada do Zaire na Áustria e até empregado de mesa em Nova Iorque!

No ano de 1982, o filme The Soldier foi a rampa de lançamento para uma carreira que viria a ser marcada pelo sucessso. A sua facilidade em aprender línguas foi uma mais valia na arte de ser actor. Almeida além de talento fala fluentemente espanhol, alemão, italiano, inglês e francês. Não é por isso de estranhar os vários convites para filmes dirigidos a este grande actor. Na sua bagagem leva a participação em 60 filmes dos quais 40 foram aclamados internacionalmente, entre eles alguns portugueses. Aqui ficam apenas alguns desses filmes que marcaram os cinéfilos e não só! O filme espanhol Desperado, o italiano Good Morning, Babylon; os filmes americanos :Behind Enemy Lines e The Mask of Zorro. Em Portugal filmes como Adão e Eva e Tentação contaram com a sua presença.

Aos 49 anos orgulha-se de já ter ganho dois prémios para o melhor actor, um em Portugal e outro no Cairo.

Quim, para os amigos, foi e continua a ser um sucesso nas grandes séries televisivas. Quem não o viu na série americana 24 da Fox, ou então na série policial Wanted, da TNT?

Ao fim de 25 anos a residir nos EUA o actor pediu a nacionalidade americana confessando que «Já era tempo de o fazer. Quero votar e fazer parte activa do país onde pago os impostos». Hoje Joaquim de Almeida considera-se um autêntico luso-americano. Apesar de estar a residir nos EUA não esquece Portugal e sempre que surge a oportunidade faz questão de estar presente no cinema português.

Vilão é a palavra que o caracteriza, mas apenas pelo talento. Embora a idade já comece a pesar!

Para quem faz do cinema uma forma de vida aqui fica o seu filme de eleição: Janela Indiscreta, do grande mestre Alfred Hitchock.
O prazer pela leitura faz igualmente parte da sua vida, e bom gosto não lhe falta. O que dizer de Milan Kundera e Gabriel Garcia Marquez?

O actor reconhece que às vezes não é fácil lidar com a fama no entanto revela que o seu maior medo é que um dia as pessoas deixem de o reconhecer. Mas Joaquim de Almeida não precisa de uma estrela com o seu nome na calçada dos famosos em Hollywood, porque ele já faz parte do elenco de coragem e determinação do ideal imaginário de todos nós.

Links:
http://www.imdb.com/name/nm0206862/bio
http://pt.livra.com/review.asp?R=706895

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Friday, April 21, 2006

 

Pesquisar no Google é cada vez mais fácil.




O motor de pesquisa Google é cada vez mais fácil e acessível mesmo para quem pouco percebe de computadores.

Com o dicionário Google descobre-se de uma forma muito rápida tudo o que se precisa saber de algo que se desconhece. E para isso basta apenas escrever a palavra defina seguido do que se pretende obter. Nada mais prático e cómodo do que isto.

Mas se quisermos aprofundar um pouco mais o nosso conhecimento podemos então optar pela funcionalidade papers. Um serviço mais abrangente que engloba artigos científicos e académicos .


Podemos concluir que no Google o acesso ao conhecimento está cada vez mais fácil, até mesmo para a preguiça...

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Friday, April 07, 2006

 

Adeus Cartas de condução nacionais


Já está em andamento a nova carta de condução na União Europeia. No prazo máximo de 26 anos todas as cartas de condução nacionais serão substituídas por uma carta europeia. Foi este o acordo estabelecido pelos ministros de transportes da união europeia no passado dia 27 de Março.

Modelo único, plastificado, idêntico a um cartão de crédito mas com uma segurança reforçada. A nova carta europeia é, segundo Jacques Barrot, comissário Europeu dos Transportes, «de importãncia vital para a segurança rodoviária e para o combate à fraude, torna mais fáceis as deslocações na Europa e elimina os obstáculos de ordem burocrática.»

Quando a carta europeia entrar em circulação será válida durante 10 anos. Os estados-membros, podem no entanto, prolongar este prazo por mais 5 anos. Cabe-lhes, também a decisão de exigir exames médicos para a renovação administrativa da carta.

Faz ainda parte deste acordo a criação de uma rede de trocas de informação, de forma a impedir que os condutores proibidos de conduzir em estado provisório, venham a obter uma nova carta de condução noutro estado-membro.

A adopção formal desta directiva pelo parlamento europeu vai entrar em vigor ainda este ano e a sua aplicação no prazo máximo até 2012.


Sites:
http://www.ciejd.pt/pls/wsd/wsdwhom0.inicio

http://europa.eu.int/index_pt.htm

http://publications.eu.int/general/oj_pt.html

http://juventude.gov.pt/Portal/Eventos/UniaoEuropeia/

http://dre.pt/ue/ue.html


Links directos:

http://www.ciejd.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe_area?p_sub=3&p_cot_id=789
http://europa.eu.int/comm/transport/home/drivinglicence/index_pt.htm
http://europa.eu.int/rapid/searchAction.do
http://europa.eu.int/comm/energy_transport/request_form/index_en.cfm

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Friday, March 17, 2006

 

Online definições

Blogues


Pode-se definir como blog, o local onde um utilizador pode colocar qualquer tipo de conteúdo na Internet, tendo em vista que outros utilizadores o possam comentar. Uma das vantagens na produção de um blog é que o bloguer (a pessoa responsável pela introdução desse conteúdo na Internet) o possa fazer mesmo sem ter conhecimentos técnicos especializados na construção de páginas na Internet.

Exemplos de blogues:


http://blog.icicom.up.pt/

http://lousadigital.blogspot.com/atom.xml


RSS

RSS (Really simple syndication) é um programa que permite a difusão de informações pela Internet. O uso do RSS vai permitir ao utilizador da Internet o acesso imediato às notícias do seu interesse logo que elas sejam publicadas.

Exemplos de RSS:

http://www.microsoft.com/portugal/msdn/rss.aspx

http://www.portugalnoseumelhor.com/forum/rss.php



Wikis

Wiki (wikiwiki) é um sistema de computador que permite aos utilizadores uma fácil edição na Internet de um vasto conjunto de páginas.

A grande vantagem é que as páginas são criadas e alteradas com muita facilidade, logo se pode tornar num inconveniente porque qualquer pessoa a pode aceder e modificar.

Exemplos de wikis:

http://Shgs.com.br/

http://www.freecp.org/twiki/bin/view




Podcasting

É apenas uma das formas de publicar programas de som, vídeo e até fotografias pela Internet e possibilita aos utilizadores acompanhar as suas actualizações.


Exemplos de podcasting:

http://Sic.sapo.pt/online/podcasts

http://Online.expresso.clix.pt/info/podcast.asp

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